quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Episódio 3: Vários copos de cerveja e um dedo a menos.

E como diria o velho ditado, vá para a Irlanda e perca um dedo!É claro que ninguém faria uma bobagem como essa. Mas parece que minha mente já nem tão sóbria de sábado a noite resolveu levar ao pé da letra o ditado que eu mesma acabei de inventar.
Vamos partir do início...
Apesar de estar ainda desempregada e já ter passado por algumas "desventuras" da vida na Irlanda, nada seria mais ironicamente engraçado que sair em um sábado a noite para se divertir com os amigos e acabar sentindo (literalmente) na pele, como um fim de noite pode ser muito doloroso.
Tudo corria bem enquanto eu segurava um copo de cerveja com meus adoráveis cinco dedos. Sim, eu nunca tinha dado tanto valor para os meus dedos como naquela noite, mais especificamente para o dedo indicador da mão direita que me faz tanta falta para escrever nesse momento.
Em um bar, normalmente, o processo funciona mais ou menos assim: você toma cerveja, a cerveja vai rapidamente para sua cabeça, vai mais rapidamente ainda para sua bexiga, você vai ao banheiro, usa o toalete, volta e toma mais uma cerveja. Mas se você já se encontra um pouco exaltada porque talvez dessa vez a cerveja resolveu subir mais rápido para sua cabeça do que para sua bexiga, as coisas podem não acontecer da maneira mais simples.
Em algum momento desconexo de meu pensamento, ao sair do banheiro, permito que meu dedo indicador da mão direita se posicione exatamente no local mais perigoso: o vão entre a porta e a parede. Aqueles poucos segundo que eu tinha para retirar o dedo do vão antes que a porta pudesse se fechar foram esquecidos ali; e ali também ficou o meu dedo.
Palavrões em português, lagrimas de bêbada e uma torneira com muita água correndo em cima de um dedo roxo, inchado e extremamente dolorido é tudo que me lembro daquele momento "inesquecível". A essas alturas, depois de quase uma hora no banheiro, todos os meus amigos já pensavam que eu havia resolvido fazer todas as necessidades possíveis e impossíveis ali mesmo, no banheiro do bar. Mas para sua surpresa, lá apareço eu, depois de muito tempo, com a maior cara de choro, pronta para ir embora. A noite que parecia tão divertida, acaba se tornando apenas engraçada para aqueles que não sentiram a dor de ter um dedo esmagado.
Após todas as explicações do ocorrido, termino minha noite no Mc Donald's mais próximo, fazendo o pedido mais esdrúxulo de minha vida: um copo com gelo para enfiar um dedo inchado que agora carrega o carinhoso apelido de Mc Dedo Feliz!